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    Cansaço do reanimador durante a massagem cardíaca externa

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    As recomendações em reanimação têm vindo a dar importância à massagem cardíaca externa realizada com qualidade. O esforço do reanimador tem vindo a ser alvo de alguns estudos que têm vindo a concluir que o cansaço afeta negativamente a qualidade das compressões torácicas. A dosagem sanguínea do lactato é uma forma prática e muito objetiva de se obter uma avaliação do metabolismo do lactato e do limiar anaeróbio e, portanto, um indicador preciso de esforço e fadiga. O objetivo deste trabalho foi avaliar o cansaço, através de medidas objetivas e de uso universal, durante o processo de massagem cardíaca externa, em manequim, durante 6 minutos (100 compressões/ minuto). Estudo de carácter descritivo, correlacional e de natureza transversal. Aos participantes foi explicado o procedimento e solicitado consentimento informado. A avaliação deu-se em 3 momentos: basal, imediatamente após o esforço e após 20 minutos em repouso pós-esforço. Foram avaliadas as seguintes variáveis: lactato por colheita de uma gota de sangue capilar, força isométrica do tronco e membros superiores através de plataforma própria com célula de carga acoplada, avaliação da frequência cardíaca e da frequência respiratória através de monitorização cardíaca. O protocolo de indução do esforço propunha que os indivíduos efectuassem massagem cardíaca simulada durante 6 minutos ininterruptamente (100 compressões/minuto), seguido de 20 minutos de repouso. A amostra foi constituída por 27 sujeitos (10 mulheres e 17 homens) com experiência em reanimação (30,16±8,65anos e 33,45±8,46anos). Após comparação dos resultados em repouso, pós-esforço e 20min pós-esforço, observaram-se alterações significativas nas três avaliações quer nos valores de lactato (2,72±0,74mmol/L, 5,67±1,58mmol/L e 3,65±1,24mmol/L), quer nos valores de frequência cardíaca (81,89±18,82bat/min, 127,22±21,70bat/min e 89,44±17,66bat/min). Observámos alteração significativa da frequência respiratória em repouso e pós esforço (22,19±3,34cl/min e 31,89±8,82cl/min). Quanto à força muscular não houve alteração das forças máximas comparando o momento de repouso com o pós-esforço, mas verificou-se uma alteração significativa da força média (460,49±123,25N e 431,20±131,19N respetivamente). Verificou-se que os lactatos se correlacionam positivamente com a frequência cardíaca nos 3 momentos de avaliação. Os resultados são compatíveis com a literatura. A avaliação de lactatos permite determinar o limiar de esforço e a tolerância ao mesmo. No esforço da massagem cardíaca, o reanimador recupera lentamente. Passados 20 minutos os lactatos ainda se encontram elevados

    Avaliação funcional, da força e da composição corporal de mulheres osteoporóticas - resultados preliminares

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    http://www.ipb.pt/jornadas_acsp/index.phpIntrodução: A osteoporose é uma doença esquelética sistémica que tem grande influência na independência funcional e da qualidade de vida, provocando a diminuição da massa óssea, deterioração da microarquitectura, aumento da fragilidade óssea, fracturas ósseas com traumatismo mínimo, diminuição da densidade mineral óssea e da qualidade do osso. Esta qualidade do osso é definida pela saúde do mesmo, estando intimamente relacionada com a actividade física e a composição corporal (que avaliámos neste contexto), factores genéticos, nutrição e factores hormonais. Em condições normais, a densidade mineral óssea evolui, aumentado até aos 27 anos, estabilizando até aos 40 e, a partir daqui, começa a diminuir, verificando-se uma descida abrupta no início da fase menopáusica, mantendo depois tendência de descida acentuada. Objectivo: Avaliar a condição física de mulheres osteoporóticas pós-meopáusicas, avaliando a sua condição funcional, diferentes manifestações de força e a sua composição corporal. Metodologia: Após aprovação da Comissão de Ética da ARSNorte, identificámos as mulheres com diagnóstico de osteoporose por Densitometria óssea de dupla energia (DEXA), que apresentassem critérios de inclusão e que quisessem participar no estudo de sua livre e espontânea vontade. Após avaliação da Tensão Arterial e da frequência cardíaca foram sujeitas ao questionário de confiança/medo de cair. Após esta avaliação, foram efectuados os testes de sentar e levantar, de equilíbrio unipodal com olhos fechados, levantar e caminhar 6 metros. Foi ainda avaliado o diâmetro rádio-ulnar, a força de preensão da mão e do polegar. Por fim, foi avaliada a composição corporal por bioimpedância Resultados: As 15 mulheres estudadas por nós apresentam uma idade média de 65 anos, são normotensas e normocárdicas. De realçar os 147cm de estatura e os 28 de índice de massa corporal (IMC). Este valor de IMC significa que as participantes se encontram, em média, com excesso de peso. No teste sentar e levantar, as mulheres avaliadas efectuaram em média 9,7 repetições em 30 segundos. No teste unipodal com olhos fechados, observa-se que obtiveram melhores resultados com o pé esquerdo do que com o direito. Já no teste levantar e andar obtiveram uma média de 10 segundos para completar os 6 metros do percurso. Como seria expectável, uma vez que todas as mulheres referiram ser dextras, obtiveram melhores resultados com o membro superior direito quer na avaliação da força de preensão da mão, quer na avaliação de força do polegar. Como já foi referido, o peso médio das mulheres avaliadas era de 61,5Kg, sendo que 36,3% representa gordura corporal e 45,6% água corporal. De realçar ainda que a massa óssea representa 1,99Kg do total do peso e a massa magra, representada pela massa muscular, representa 36,9Kg do peso total. Conclusões: A amostra estudada apresenta valores idênticos à população com características semelhantes. De futuro pretendemos continuar as avaliações de forma a aumentar o tamanho da amostra, avaliar parâmetros bioquímicos e hormonais relacionados com a osteoporose, avaliar o equilíbrio de forma directa através de uma plataforma específica para o efeito e, num projecto de futuro a médio prazo, implementar um programa de treino de força nesta população

    EDITORIAL

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    EDITORIAL Ao fim do segundo ano de edição da revista importa deixar alguns resultados desta experiência, que se pretende que cada novo número, venha a ser melhor e mais centrados nos objetivos desta área de intervenção. Sabemos que nem todos os enfermeiros de reabilitação têm refletido sobre a importância deste meio de divulgação para os seus trabalhos, não só na promoção de boas práticas, mas também, do desenvolvimento do conhecimento na área, logo alguma sustentação para a sua autoformação. Por outro lado, sabemos que há dificuldade em nos expormos quando escrevemos, até porque temos que ser humildes quando iniciamos uma proposta de publicação, pois outros vão ter olhares diferentes sobre o que nós consideramos o melhor.Temo-nos pautado por um esforço de encontrar credibilidade para a revista, por isso seguimos um processo de revisão cego e já temos ISSN desde a primeira revista e DOI desde a terceira o que torna a produção dos autores já acessível em outras bases de dados e assim com a possibilidade de referenciação maior.Quando olhamos para o publicado identificamos que temos em Artigo de Revisão integrativa 9,43%; Artigo de revisão sistemática20,75%; Artigo original 62,26%; Estudo teórico 1,89% e Relato de experiência profissional 5,66% , o que nos garante uma grande margem de crescimento considerando que apenas 28,30% dos primeiros autores têm a sua afiliação em escolas ou universidades e 71,70% são de instituições de saúde e ainda que 88,7% têm a sua origem em Portugal o restante de outos países.Queremos ser um contributo numa sociedade de conhecimento e de informação, para a consolidação do papel do enfermeiro especialista em reabilitação, enquanto detentor de competências acrescidas diferenciadas, não só nos conhecimentos específicos de que são detentores, mas também as suas habilidades e atitude na pratica profissional.Esperemos que cada Enfermeiro Especialista de Reabilitação se sinta convidado a partilhar neste espaço o seu conhecimento e a sua experiência para demonstrarmos que temos contributos significativos para as pessoas nos seus processos de promoção, prevenção e reabilitação dos estados de saúde de bem estar e de sucesso nas suas vidas. PROF. DOUTORA MARIA MANUELA MARTINS EDITORIAL Ao longo dos 4 números da Revista Portuguesa de Enfermagem de Reabilitação fica evidente a qualidade da produção científica produzida. Aliás, só com produção científica consistente, sólida e regular é que a profissão se afirma. Ao longo do tempo, entre pares, algumas expressões ganharam praticamente a dimensão de dogmas: que a investigação é difícil, que investigar é uma perda de tempo ou, ainda, que se podem obter resultados negativos. A Enfermagem de Reabilitação só se poderá continuar a afirmar pelo conhecimento produzido, pela prática baseada em evidência e pela resolução de problemas suscitada por inquietações. Sabemos que muito deste trabalho produzido tem sido como resultado de trabalhos desenvolvidos em contexto de obtenção de grau académico. Agora, todos os Enfermeiros de Reabilitação temos uma responsabilidade acrescida: o de desenvolver projetos de investigação em contexto da atividade profissional diária. Continuar a investigar é a demonstração da permanente insatisfação e da constante procura por respostas. Para isso, temos condições preferenciais para o continuar a fazer: resolvemos problemas todos os dias e utilizamos o método científico várias vezes ao longo dessa tomada de decisão. Para facilitar essa procura de respostas é importante sistematizar e objetivar as avaliações e as intervenções. Essa sistematização e objetivação pode passar pela apresentação de exemplos de boas práticas, por relatos de casos, por reflexões sobre as intervenções da profissão, por desenhos simples, de situações práticas que ajudem a responder a problemas de todos os dias ou, de forma mais elaborada, por ensaios clínicos randomizados que ajudem a validar determinado dispositivo ou intervenção. Se o foco estiver voltado para o método e não para o resultado, a produção de conhecimento novo em Enfermagem de Reabilitação será uma consequência natural. Por isso, será determinante continuar a desenvolver mais estudos nas áreas de competência específicas da Enfermagem de Reabilitação. ANDRÉ FILIPE MORAIS PINTO NOV

    Comparação de dois métodos de avaliação de força de preensão manual

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    A avaliação da força da mão é uma ferramenta relevante no planeamento e avaliação dos cuidados em geriatria e reabilitação. Fornece informações valiosas sobre a funcionalidade do indivíduo e ajuda a implementar e monitorizar estratégias com o objetivo de preservar ou recuperar a força muscular global. Tradicionalmente muito usada em medicina do trabalho, a força de preensão voluntária da mão tem vindo a ser descrita como um dos métodos mais rápidos, simples e objetivos para avaliar a aptidão física, a função muscular global e a presença de sarcopenia. Esta medida tem sido também utilizada na avaliação do estado nutricional de indivíduos em situações de fragilidade, como doentes ou idosos, institucionalizados ou não. A força de preensão manual foi, também, identificada como importante preditor de morbilidade e mortalidade em indivíduos de meia-idade e idosos (Sasaki, Kasagi, Yamada, & Fujica, 2007). Desenhou-se um estudo de carácter descritivo, quantitativo e transversal, que decorreu em cinco instituições do Concelho de Bragança, com o objetivo de correlacionar os valores obtidos através de dois métodos de avaliação da força de preensão da mão. Para avaliar a força de preensão manual utilizou-se um dinamómetro de pêra aneróide da marca Dinatest® e outro de sistema hidráulico da marca Jamar®. Foram realizadas duas avaliações, intervaladas por três minutos de repouso, em ambas as mãos com cada um dos dinamómetros Em ambos os métodos de avaliação os participantes encontravam-se em posição de sentado em cadeira, com assento rígido e sem descanso de braços, com os ombros em posição neutra. Foi selecionado o melhor resultado de cada uma das duas tentativas (peak force isométrico). A amostra foi constituída por 77 idosos (49 mulheres) e a média de idades rondou os 81 anos, sem diferenças significativas entre sexos. O idoso mais novo apresentava 65 anos e o mais velho 97. Cerca de 25% dos participantes no estudo apresentavam 86 ou mais anos de idade. A média do peso foi 69,97kg e a estatura de 1,52m e Índice de Massa Corporal de 29,51kg/m2. Quase todos os participantes referiram que a mão direita era a dominante (n=73). Em ambos os métodos de avaliação, a mão direita obteve resultados superiores à esquerda. Os homens obtiveram valores de força superiores aos das mulheres. É também no sexo masculino que observamos maior variabilidade dos dados relativamente à média. Podemos constatar (Tabela 2) que a força da mão declina com a idade, como se denota pelas correlações negativas encontradas. Estatísticas muito significativas foram encontradas, pelo teste de associação de Spearman's, entre os resultados obtidos através dos dois tipos de equipamento. Assim, a força de preensão da mão avaliada pelo dinamómetro hidráulico Jamar correlaciona-se de um modo muito forte com a força da mesma mão avaliada pelo dinamómetro aneróide Dinatest (R= 0,896; p=0,000 para a mão direita e R=0,845; p=0,000 para a mão esquerda)

    Funcionalidade de idosos institucionalizados que caíram e não caíram no último ano

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    O declínio da capacidade funcional, particularmente da capacidade física, que envolve redução dos níveis de força muscular, alterações da marcha e distúrbios do equilíbrio, é amplamente indicado pela literatura como fator de risco major para as quedas em idosos (Rubenstein, 2006) e um importante preditor do risco de queda (Kwan, Kaplan, Hudson-McKinney, Redman-Bentley, & Rosario, 2012). A gravidade das quedas na população idosa é devida não só à elevada incidência mas principalmente a uma maior suscetibilidade a traumatismos causada por uma elevada prevalência de patologias crónicas e pelas alterações relacionadas com o envelhecimento nomeadamente a diminuição dos reflexos de autoproteção (Rubenstein, 2006). Avaliar a funcionalidade de idosos institucionalizados que caíram e não caíram no último ano. Desenhámos um estudo descritivo, correlacional e transversal, com a colheita dos seguintes dados: a) Variáveis demográficas: género, idade e tempo de institucionalização; b) Número de quedas no último ano c) Tinetti Falls Efficacy Scale (FES) (Melo, 2011); d) Senior Fitness Test Rikli Jones (1999) – protocolo modificado; e) Força de preensão manual das duas mãos: dinamómetro manual Jamar®; f) Força de preensão do polegar: dinamómetro digital Baseline®; g) Composição corporal através do método de bioimpedância com balança Tanita®. Desenvolvimento Foram avaliados um total de 40 idosos, 23 mulheres (83.3±6,11 anos) e 17 homens (79,59±8,00anos) com um score na escala medo de cair de 82,58±22,88. Encontrámos significativa diferença de médias, nos grupos dos idosos que caíram e não caíram no último ano, nas seguintes variáveis quantitativas, respectivamente: • Idade (84,42±4,36 vs. 80,57±7,81anos); • Força de preensão manual direita (14,58±5,84 vs. 22,01±8,37Kg/f); • Força de preensão manual esquerda (13,58±8,09 vs. 20,13±8,66Kg/f); • Índice de massa corporal (35,88±10,27 vs. 29,41±5,79K/m2); • Gordura corporal total (41,24±7,61 vs. 33,93±7,36%); • Água corporal (42,29±5,30 vs. 47,44±5,27%). A avaliação da funcionalidade permite identificar, nos idosos, características de risco de queda, como por exemplo a diminuição da força muscular, e assim desenhar programas de prevenção individualizados (Kwan et al., 2012). Os idosos que avaliámos apresentam níveis de funcionalidade baixos. Verificámos existir uma relação estatisticamente significativa entre a ocorrência de pelo menos uma queda no último ano e a idade, a força de preensão manual, o índice de massa corporal, a gordura corporal total e a água corporal. É importante promover estilos de vida saudáveis, nomeadamente através de programas de exercício e de alimentação equilibrada, de forma a aumentar os níveis de funcionalidade dos idosos e de reduzir risco de queda

    Medidas objectivas de avaliação do esforço durante 6 minutos de massagem cardíaca simulada

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    A tolerância ao esforço é muito importante para atletas e a fraca tolerância está fortemente associada a deficiência, risco de doença cardiovascular e mortalidade na população em geral. Assume-se que o exercício aeróbio termina no ponto de exaustão ou de fadiga; indivíduos fatigados não são capazes de gerar a potência exigida pela tarefa. Estes mecanismos fisiológicos incluem, entre outras, alterações metabólicas e iónicas e o consumo diminuído de oxigénio no músculo em actividade. A dosagem sanguínea do lactato é uma forma prática de se obter uma avaliação do metabolismo do lactato e do limiar anaeróbio e portanto um indicador preciso de esforço e fadiga. Os resultados encontrados são compatíveis com a literatura consultada. A avaliação de lactatos permite determinar o limiar de esforço e a tolerância ao exercício. Estes aspectos são extremamente importantes para o desenho e prescrição de programas de exercício físico adaptados ao indivíduo

    A força de preensão manual como indicador da capacidade funcional em idosos

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    A avaliação da força da mão é uma ferramenta relevante no planeamento e avaliação dos cuidados em geriatria e reabilitação. Fornece informações valiosas sobre a funcionalidade do indivíduo e ajuda a implementar e monitorizar estratégias com o objetivo de preservar ou recuperar a força muscular global.Encontrámos associações estatisticamente significativas entre os dois tipos de avaliação objetiva da força de preensão da mão em idosos. Verificámos ainda associações muito semelhantes quando comparámos as diferentes formas de avaliação da força de preensão manual e um teste de avaliação funcional (teste up and go). Concluímos pela validade do uso de qualquer destes equipamentos na prática clínica especializada, devendo a opção por um ou por outro ter em conta os custos dos mesmos

    Funcionalidade de idosos com osteoartrite

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    A osteoartrite (OA) é um processo involutivo que afeta as articulações. Do ponto de vista histológico, o processo degenerativo altera a cartilagem articular que perde elasticidade natural após anos de desgaste intenso. Atinge principalmente as articulações dos joelhos, anca e dedos, mas pode ocorrer em todas as articulações que permitem mobilidade, designadamente as da coluna vertebral. Apresenta taxas de prevalência mais elevadas a partir da quarta década de vida e é uma das patologias mais comuns na população idosa. A doença tem uma maior prevalência e incidência no sexo feminino a partir da menopausa, onde a severidade, sobretudo na artrose do joelho, é também maior. Caracterizar, nos aspetos clínico e sociodemográfico, os idosos com OA da amostra em estudo; avaliar o impacto da OA na capacidade funcional de idosos institucionalizados. Para a recolha de dados foi utilizado: questionário de caracterização sociodemográfica, clínica (antecedentes familiares de artrose, índice de massa corporal, existência de traumatismos anteriores, tempo de diagnóstico de artrose, tipo e localização da artrose) e da autonomia funcional nas Atividades de Vida Diária (higiene e conforto, vestir e despir, usar sanitários, levante cama/cadeira, alimentação, eliminação e deambulação); a Escala Visual Numérica de avaliação da dor e a Escala de Avaliação Funcional de Lysholm. RESULTADOS - Avaliaram-se 60 idosos, com OA diagnosticada em média há 9 anos, com média de idade de 77±7,6 anos, dos quais 53.3% são mulheres. A maioria dos inquiridos (53.3%) tem história de trauma articular prévio e antecedentes familiares de artrose (58.3%). Relativamente ao tipo de OA, 67% dos inquiridos apresentam artrose primária e 25% artrose secundária. A localização mais frequente (20%) é o joelho, e identificou-se poliartrose em 21.7% casos. A avaliação funcional do joelho aplicando a escala de Lysholm, identificou 49 utentes com má função. Referiram dificuldades em movimentar-se 98% da amostra e 63% refere coxear ligeira ou periodicamente. Os participantes apresentavam maioritariamente excesso de peso com 46,7% de pré-obesidade e 21,7% de obesidade. No que diz respeito à situação de saúde, 80% dos idosos sofrem de patologias associadas ao processo artrósico e no que concerne à prática de exercício físico apenas 33.3% mencionou fazê-lo. Concluímos que a maioria dos participantes apresentou um nível de capacidade razoável na realização das atividades de vida diária avaliadas, mas relativamente à funcionalidade do joelho alterações importantes foram observadas

    Relación entre la actividad física, la fuerza muscular y la composición corporal en una muestrade estudiantes de enfermería

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    Enquadramento: A prática regular de atividade física promove a saúde, a qualidade de vida e contribui para a prevenção das doenças crónicas não transmissíveis. Objetivos: Avaliar o nível de atividade física (NAF) e a sua relação com variáveis sociodemográficas, testes de força muscular e composição corporal. Metodologia: Estudo analítico transversal. Avaliámos o NAF pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), a força por dinamometria e prensa de pernas e a composição corporal por bioimpedância. Resultados: Amostra predominantemente feminina (76,7%), com média de idade de 21 anos. Os estudantes (n=86) apresentaram um NAF baixo (58,1%), moderado (29,1%) e alto (12,8%). O NAF relacionou-se com o sexo (0,013) e alguns testes de força; designadamente a força de preensão manual direita e esquerda (p=0,000; p=0,005) e a força isométrica máxima dos quadríceps (p=0,010). O NAF influenciou a quantidade de massa magra e gorda (p=0,012; p=0,042). Conclusão: Os estudantes fisicamente mais ativos apresentavam um perfil marcado por maior força e massa muscular e menor percentagem de gordura total, indicadores relevantes na saúde da população estudada. Background: Regular physical activity promotes health and quality of life, and contributes to the prevention of chronic non-communicable diseases. Objectives: To assess the physical activity level (PAL) and its relationship with sociodemographic variables, muscle strength tests, and body composition. Methodology: Analytical cross-sectional study. PAL was assessed using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), muscle strength using leg press and dynamometry, and body composition using bioelectrical impedance analysis. Results: The sample was mostly composed of female participants (76.7%). The mean age of participants was 21 years. Students (n=86) had low (58.1%), moderate (29.1%), and high (12.8%) PALs. An association was found between PAL and gender (.013) and some strength tests, namely right and left handgrip (p=.000; p=.005) and peak isometric quadriceps strength (p=.010). PAL influenced the amount of lean and fat body mass (p=.012; p=.042). Conclusion: The profile of the more physically active students showed increased muscle strength and mass, and a lower percent body fat. These are relevant indicators of the health of the population under analysis.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Implementação de um programa de exercício intradialítico de maximização da função em utentes hemodialisados

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    A incidência da Insuficiência Renal Crónica (IRC) em Portugal tem aumentado progressivamente. De acordo com o relatório de 2013 da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN; 2014), no nosso país, encontram-se em terapia renal substitutiva (TRS) 18345 pessoas. Destas, 10977 fazem hemodiálise (HD). Este tratamento, por si só, implica uma imobilidade acrescida, confinando as pessoas a um cadeirão cerca de 15 horas por semana. Para além disso, a própria IRC e a HD, pelo catabolismo, pela síndrome urémica e pela neuromiopatia urémica, provocam perda de força muscular, descondicionamento e limitações da capacidade funcional. Atendendo ao facto de a população em HD ser cada vez mais envelhecida, concordaremos com Kosmadakis et al. (2010) quando diz que os utentes em HD são mais sedentários quando comparados com indivíduos saudáveis da mesma idade, sendo que a sua atividade física diminui 3,4% cada mês após início da HD. Os autores acrescentam que pessoas sedentárias em HD têm um risco de mortalidade muito superior a indivíduos não sedentários em HD. Esta é, portanto, uma população carente de cuidados de reabilitação. Apesar disso, a grande maioria dos serviços não vê na reabilitação destes doentes uma prioridade, sendo a oferta de cuidados de reabilitação muito limitada no nosso país
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